sábado, 12 de junho de 2021

PABLO

CHEGA A SEXTA-FEIRA e, com ela, aquela vontade imensa de sextar em algum lugar com música, de preferência ao vivo para cantar a plenos pulmões até ficar rouco. E se for um karaokê, melhor ainda! Mas como a palavra de ordem atualmente é ficar em casa, que tal um party game que pede de você apenas uma boa memória musical? "PABLO", criado por Marcos Mayora e Kevlin Ciesca, tem uma duração média de 30min. e participam de dois a dez jogadores/cantores. Cada um recebe cinco cartas (ou "notas") com palavras - em Português e Inglês - do deck que foi previamente embaralhado. E cinco cartas ficam abertas sobre a mesa para serem compradas durante os turnos ao lado do deck de compra. Com as cartas na mão, o jogador deve escolher, pelo menos, uma delas e a partir da palavra na carta em questão, cantar uma música cuja palavra ele encaixe. Exemplo: tenho uma carta/nota com a palavra "Amor". Escolho essa nota, coloco na mesa e canto 🎶O amor é tão lindo (oh oh) / A vida é tão bela (oh oh) / Vamos construindo (oh oh ) a paz dentro dela🎶 E para músicas que possuem onomatopeia, ainda há um marcador que aumenta a pontuação. Pronto. De acordo com a pontuação que há na carta, essa será a minha pontuação. Se eu conseguir incluir mais cartas - que estão na minha mão - mais pontos farei. Durante o turno de um jogador, outro que também souber a música, pode cantar junto e descer notas que possuir caso se encaixem na música que está sendo cantada. Este pontuará pelas notas que baixou. Importante frisar que o jogador que canta junto (fora do seu turno) não poderá usar o marcador de onomatopeia para dobrar sua pontuação. Ao fim do turno o jogador da vez e todos os demais que pontuaram recolhem os discos (tokens de pontuação) de valor equivalente a pontuação. Amante de karaokê que sou (#sdds Kant Bar!), acho mais divertido quando se canta desafinado (rsrs), mas saiba que há um token de "tomate" para você jogar em quem cantar muito mal. Pablo pode ser a grande oportunidade para você soltar o gogó e impressionar a todes com a sua voz de anjo. Se, diferente deste que vos escreve, você é jovem e não entendeu por que o jogo se chama "Pablo", essa é uma boa sacada dos criadores fazendo referência ao nome de um rapaz que fazia parte de um programa musical (pesquise no YouTube "Pablo qual é a música") que ficou no imaginário popular de algumas décadas atrás. Pablo é um jogo leve, rápido e muito divertido.

segunda-feira, 7 de junho de 2021

ASTRONAUTA - PARALLAX

 

Capa dura da graphic novel Astronauta - Parallax

“PARALLAX", QUINTO VOLUME da série graphic MSP do Astronauta, definitivamente, já não trata mais sobre solidão ou existencialismo (tão bem trabalhada em “Magnetar", seu primeiro volume e ainda o meu preferido da saga!). Há algumas edições que o autor, Danilo Beyruth @necronauta , deu uma guinada na trajetória do herói e nos entrega uma verdadeira space opera.

Nesta edição, acompanhamos três linhas narrativas. Curiosamente, o personagem principal atua ativamente nas três. Porém, sem ser o mesmo. São três Astronautas de universos paralelos, em ação. O Astronauta que já acompanhamos das edições anteriores está com Isa, filha do Astronauta apresentado em “Assemetria". Os dois estão em busca de encontrar os pais da garota. Enquanto isso, o segundo, de aparência mais velha, cansada e uma barba longa (ele me lembrou MUITO o Coronel Weird de “Balckhammer"), ao lado de Ritinha, sua esposa (nessa versão, ele conseguiu equilibrar a vida no espaço e a vida com Ritinha), também busca uma forma de reencontrar sua filha. E o terceiro Astronauta, o vilão da edição, serve à poderosa pirata espacial Cabeleira Negra, e tem como objetivo particular capturar as Ritinhas de todas as realidades e às mantém presas para si. Talvez, um Astronauta amargurado pelas próprias escolhas tenha como destino se transformar em alguém cruel e perigoso.

Danilo Beyruth criou uma saga bem amarrada com diversos elementos que se interligam. Não só com as edições anteriores como com a edição “Tormenta", de Capitão Feio (de Marcelo e Magno Costa). Expandiu um universo e o explora com maestria – coisa que um bom “nauta" sabe fazer.

“PARALLAX" se recupera da pequena perda de fôlego que ocorreu em “Entropia" (não é uma revista ruim, mas é inferior às outras três antes dela e a esta agora). E entrega uma GMSP bem estruturada, empolgante e envolvente. Sem contar o final que cria uma expectativa gigante para o próximo volume.