terça-feira, 3 de setembro de 2013

PRA SEMPRE

- Me deu uma vontade...
- De quê?
- De te amar pra sempre.
- Hum...
- Como assim, “hum”?
- Ah, sei lá. Não quero, eu acho.
- Não quer que eu te ame pra sempre?
- É. Quer dizer, não quero que diga isso.
- Por quê?
- Ah, sei lá.
- “Ah, sei lá. Ah, sei lá”. Diz outra coisa, seu lerdo.
- Calma, moço. ‘Tá nervoso, hein?
- ‘Tou sim. Eu aqui todo romântico, e tu aí, todo indiferente.
- Epa! Indiferente, não. Apenas não gosto de juras de amor eterno. Prefiro que você me ame hoje, com todo amor que tiver.
- E amanhã?
- Amanhã a gente vê. Deixa chegar lá, pra gente ver no que vai dar. Se você ainda estiver me amando, ótimo!
- E se não estiver?
- Aí, cada um segue seu caminho.
- Nossa, pensei que você fosse se preocupar mais. Que sofreria até.
- E quem disse que não?
- E precisa? ‘Tá aí todo indiferente.
- Já disse, não ‘tou indiferente, só não gosto de juras eternas. Eu sei que você 'tá tentando ser romântico, mas seja romântico hoje. É o que nós temos, o hoje.
- Coração gelado.
- Não, só não quero me iludir.
- Quer dizer que quer me deixar?
- Não falei isso. Deixa de bobagens e vem pra cá, vem. Vem me amar pra sempre, hoje.
- Posso?
- Claro! Eu quero te amar pra sempre, agora.
- Assim também é bom.
- Claro que é! Vem, seu bobo.
- Chato.
- Por quê?
- Porque você consegue me fazer sentir como um garoto inseguro e ainda consegue ser mais romântico que eu, “quero te amar pra sempre, agora”. heheheh...
- Vem deitar, vem.
- Vou.

E se amaram pra sempre, naquela noite.

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